O Homem Tá Furioso ‪@DBdiariodebrasilia‬ Durante a inauguração do Centro de Desenvolvimento de Produtos de Mobilidade Híbrida-Flex da Stellantis, em Betim (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento firme nesta terça-feira, 11 de março. Ele cobrou respeito do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio a tensões comerciais, e reforçou o compromisso do Brasil com a transição energética.

Entenda os detalhes do evento, as declarações de Lula e o impacto das políticas de Trump no país.

Lula cobra respeito de Trump

Em seu discurso, Lula reagiu às críticas de Trump, que tem acusado o Brasil de aplicar altas taxas aos produtos americanos e anunciado tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio – medida que afeta diretamente o Brasil, terceiro maior exportador de aço para os EUA. “Não adianta o Trump gritar de lá. Aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, com respeito, que eu sei respeitar as pessoas e quero ser respeitado”, declarou o presidente.

Lula enfatizou a busca por igualdade nas relações internacionais: “O Brasil não quer ser maior que ninguém, mas também não aceita ser menor. Queremos ser iguais e aprender a nos respeitar mutuamente.” As tensões se intensificam com uma ofensiva judicial de aliados de Trump contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o que adiciona um componente político ao embate.

Inauguração em Betim e foco na sustentabilidade

O evento em Betim marcou a abertura de um novo centro da Stellantis voltado para o desenvolvimento de motores híbridos-flex, que combinam etanol e eletricidade. A iniciativa alinha-se à agenda de transição energética do governo Lula, que, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem promovido combustíveis mais sustentáveis e a eletrificação da frota brasileira.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a frota de veículos elétricos e híbridos no Brasil deve superar 1 milhão de unidades até 2030, com os híbridos-flex representando 97% dos modelos híbridos até 2032. Programas como o Nacional de Combustível Sustentável de Aviação e o Diesel Verde reforçam essa estratégia, embora desafios como o alto custo das baterias e a falta de infraestrutura ainda limitem o avanço.

Impacto das tarifas de Trump no Brasil

A taxação de 25% sobre aço e alumínio, formalizada por Trump em fevereiro, preocupa a economia brasileira. O aumento das alíquotas ameaça a competitividade das exportações nacionais, especialmente em um setor estratégico. A medida já provoca reflexos globais, com quedas nas bolsas americanas e tensões com outros países, como o Canadá, que viu tarifas subirem para 50%.

Lula, no entanto, mantém o tom de soberania: “Vamos governar este país com respeito, sem menosprezar nações aliadas.” A resposta reflete a tentativa de equilibrar interesses econômicos e a defesa da autonomia brasileira no cenário internacional.

Fonte: Metrópoles