Dólar encerra em alta após declarações do presidente Lula e do ministro do Trabalho, reacendendo preocupações com o risco fiscal e a pressão inflacionária
O dólar à vista se descolou do comportamento tranquilo da moeda americana no exterior e fechou na máxima do dia, acompanhando a deterioração observada nos juros futuros e na bolsa.
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Entre os motivos apontados para a piora de humor dos investidores estão as declarações do presidente Lula e do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Lula afirmou em um evento em Rio Grande (RS) que a “economia vai crescer mais do que o previsto” e que “dinheiro na mão de pobre é o que vai salvar o país”, o que foi interpretado pelo mercado como uma possibilidade de o governo aumentar o gasto público para evitar o esfriamento da atividade decorrente da alta dos juros.
Já Marinho antecipou que o Caged desta 4ªF mostrará criação de mais de 100 mil empregos em janeiro. O mercado de trabalho aquecido é um dos fatores que dificulta a convergência da inflação para meta do BC.
Lá fora, o câmbio seguia comportado nesta tarde, com investidores monitorando o encontro entre Donald Trump e Emmanuel Macron, em busca de uma solução de paz para a Ucrânia.
O dólar à vista fechou na máxima do dia, de R$ 5,7560, em alta de 0,44%; na mínima, marcou R$ 5,7080. Às 17h24, o dólar futuro para março subia 0,55%, a R$ 5,7715.
Lá fora, o índice DXY operava quase estável (+0,01%), aos 106,626 pontos. O euro subia 0,09%, a US$ 1,0470. E a libra caía 0,06%, a US$ 1,2628.
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