A cerimônia teve a participação de parlamentares como o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o líder do PT no Senado, Rogério Correia (SE), o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e figuras históricas da legenda como a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também compareceu.

Em discurso, Gleisi disse que o PT nasceu “na luta contra a ditadura, em defesa do direito de greve” e afirmou que Lula “foi o primeiro presidente da República nascido do povo e forjado nas lutas da classe trabalhadora”. A deputada também chamou de “golpe” o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmou que houve “perseguição” contra Lula e atribuiu à gestão de Jair Bolsonaro “um período de caos e destruição”.

“A Presidência da República foi desonrada por um farsante que não merece mais que duas palavras na memória nacional: genocida e golpista”, declarou. A deputada Erika Kokay (PT-DF) também ecoou palavras de ordem contra Bolsonaro: “Sem anistia para golpista, extrema direita nunca mais. Vai ser preso, Bolsonaro”.

Lindbergh disse que 2025 é “o ano da prisão de Bolsonaro e dos generais que tramaram e urdiram” os atos de 8 de janeiro de 2023, que ele chamou de tentativa de golpe. O deputado também fez críticas aos mais ricos e ao Banco Central.

“Darcy Ribeiro sempre dizia, nós temos uma elite inculta, antinacional e antidemocrática. A história do Brasil se repete sempre. Quando temos governos populares, tentam dar golpe”, afirmou. Em outro momento, disse: “Este momento é muito desafiante. Temos uma grande responsabilidade de lutar nas ruas e nas redes e defender o presidente Lula. Ele entra presidente com uma situação complexa, com o Banco Central sabotando”.

Defesa do socialismo

Líder do PT na Câmara em 2021, Bohn Gass (PT-RS) criticou o capitalismo e defendeu o socialismo. “Indignação pelas injustiças do modelo capitalista que exclui o povo: foi essa a origem da fundação do PT. Coragem, porque enfrentamos todas as perversidades para firmar a construção de um partido transformador, de base, democrático e participativo. E esperança, porque nós nunca podemos abandonar o sonho de uma sociedade socialista. Esse é o desejo do PT”, declarou.

O líder do governo na Câmara usou o discurso para enaltecer Gleisi, apesar de divergências entre petistas nos bastidores. “Quero homenagear a presidenta Gleisi, por tudo o que ela fez pelo País, pelo PT e pelo governo do presidente Lula. Sem a Gleisi, o PT não estava vivo como está hoje”, disse Guimarães.

A ministra da Saúde, que não tem filiação partidária, relembrou programas sociais criados pelo PT: “Retomamos o programa Mais Médicos, idealizado no governo da presidenta Dilma. Retomamos com força a universalização do Farmácia Popular. Estamos falando, também, de superar gargalos históricos no SUS, como o acesso às especialidades”.

Deputados de outros partidos também saudaram o aniversário do PT, como Ivan Valente (PSOL-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Lídice da Mata (PSB-BA). “Nem sempre votamos juntos, mas a divergência se dá de forma politizada”, declarou Alencar. “Portanto, socialismo, liberdade e governo dos trabalhadores, sempre, vamos juntos”, acrescentou.

O PT completou 45 anos em 10 de fevereiro. Na mesma data, em 1980, o partido nasceu durante uma reunião no Colégio Sion, em São Paulo, quando foi aprovado um manifesto e a sigla foi oficializada. Neste mês, a legenda realizará uma festa de aniversário com apresentações artísticas abertas ao público, no Rio de Janeiro.