Por que o Tietê não corre para o mar, como a maioria dos rios? Entenda
O Tietê é um dos poucos rios do Brasil que corre em direção ao interior e não deságua no mar. O rio é conhecido nacionalmente por atravessar, com seus 1.100 quilômetros de extensão, praticamente todo o Estado de São Paulo, de leste a oeste. O rio nasce no
Sua nascente fica a 1.120 metros, na Serra do Mar, mas as escarpas das montanhas o fazem fluir em sentido contrário, até desaguar no lago formado pela barragem de Jupiá, no rio Paraná, na divisa com Mato Grosso do Sul.
Na nascente de Salesópolis, a água do Rio Tietê ainda é cristalina e transparente, algo que começa a mudar já em Mogi das Cruzes. Em partes, a razão pela qual o Tietê consegue sair poluído da região metropolitana de São Paulo e chegar limpo ao interior é simples: ao longo do percurso que o rio faz para o interior, o movimento da correnteza se intensifica entre uma queda e outra e, à medida em que as margens também vão se alargando, aumenta a oxigenação da água e, consequentemente, a decomposição da matéria orgânica despejada nela.
Por fluir para o interior do País - e não para o mar -, o Tietê foi crucial no processo de colonização do País. Foi muito utilizado por indígenas e por bandeirantes para alcançar o interior do Estado.
No século 18, as águas do Tietê receberam um fluxo intenso de navegações e comércio da cana de açúcar e outros produtos agrícolas. Não à toa, ele extrapola os propósitos turístico e econômico para se tornar parte integral do estilo de vida de milhares de pessoas no interior do Estado.
Cheia
No sábado, 1.º, a Marginal Tietê amanheceu alagada após o forte temporal que atingiu a capital e a região metropolitana. Os trechos só foram liberados no início da tarde.
Por conta das chuvas do último fim de semana, o volume do rio Tietê no município de Salto ficou cinco vezes acima do considerado normal. O rio extravasou e invadiu ruas e praças da cidade. A Defesa Civil colocou a cidade em alerta e fechou o complexo turístico devido ao risco de inundação
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