Trump ameaça impor taxas aduaneiras à UE e ao Reino Unido
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o défice de 300 mil milhões de euros da União Europeia com os EUA como uma "atrocidade", ao mesmo tempo que ameaçou impor tarifas ao bloco e ao Reino Unido.
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Trump disse que a situação com o Reino Unido "pode ser resolvida", acrescentando que o primeiro-ministro Keir Starmer e ele estão "a dar-se muito bem". No entanto, afirmou que a UE está a "passar das marcas".
Os comentários de Trump podem afetar ainda mais a relação entre a UE e o Reino Unido, numa altura em que o primeiro-ministro britânico procura restabelecer as suas relações com o bloco. O primeiro-ministro britânico visitará Bruxelas esta segunda-feira.
Em declarações anteriores aos comentários de Trump, e um dia antes de se reunir com os líderes da UE em Bruxelas, Keir Starmer disse que iria procurar manter uma forte relação comercial com os EUA.
“Nas discussões que tive com o presidente Trump, foi nisso que nos centrámos, numa relação comercial forte”, disse. “Portanto, ainda é muito cedo”.
Falando aos repórteres na Base Conjunta Andrews, em Maryland, no domingo, Trump disse que “os Estados Unidos foram roubados por praticamente todos os países do mundo”.
No sábado, assinou uma ordem para impor tarifas rígidas sobre as importações do México, Canadá e China.
Trump acrescentou que teve um fim de semana atarefado com a Ucrânia e a Rússia e que manteve conversações com Israel antes da visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aos EUA.
As sanções comerciais assinadas por Trump no sábado, na sua estância na Flórida, provocaram uma mistura de pânico, raiva e incerteza e ameaçaram romper uma parceria comercial de décadas na América do Norte, ao mesmo tempo que agravaram as relações com a China.
Trump afirmou que os americanos poderão sentir “alguma dor” devido à guerra comercial desencadeada pelas suas tarifas.
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